sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Saúde alerta quanto aos perigos da leishmaniose


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Aumento das chuvas, umidade, folhas, frutas e todo o material orgânico em decomposição são favoráveis aos criadouros do mosquito flebótomo, transmissor da doença Divulgacão/Assecom
Agentes de Controle de Endemias recolhem lixo, incluindo material orgânico, propício à criação de vetores de doençasA Prefeitura de Três Lagoas, através da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do setor de Vigilância em Saúde, vem alertando a população quanto aos perigos da leishmaniose e o aumento das condições favoráveis à proliferação do mosquito transmissor da doença.
Nesta época do ano, em que as chuvas de verão se tornam constantes, aumenta o perigo da proliferação do mosquito flebótomo, também conhecido como mosquito-palha, birigui. Este tipo de inseto tem condições favoráveis de criadouros em materiais orgânicos em decomposição, tais como folhas, galhos de árvores, madeiras velhas e todo o tipo de frutas, que caiem das árvores e apodrecem na superfície do solo.
Além das chuvas, nesta época do ano temos abundância de frutas, muito comuns na nossa Região e que merecem cuidados especiais. Em quase todos os quintais das nossas residências temos pé de manga, acerola, pitanga, goiaba ou jabuticaba. Essas frutas, quando caídas no solo e em decomposição, são extremamente favoráveis à proliferação do mosquito-palha.
A dica é que os proprietários desses imóveis rastelem seus quintais diariamente e recolham as frutas em decomposição, enterrando-as ou armazenando-as devidamente em sacos de lixo para serem recolhidos pelos coletores, seguindo as orientações dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Controle de Endemias.
Em Três Lagoas, eles visitam periodicamente as residências e orientam as famílias quanto aos procedimentos corretos que devem adotar para evitar a dengue e a leishmaniose.
A doença é transmitida pelo mosquito-palha que, ao picar animais já contaminados (cães ou gatos), transmite a doença às pessoas, quando também picadas pelo inseto.
No animal esta doença se expressa através de um emagrecimento crescente, inchaço do baço e do fígado, crescimento excessivo das unhas e feridas na pele que não cicatrizam, sendo ás vezes até confundida com a sarna negra, em sua espécie cutânea. Esta enfermidade é, assim, melhor diagnosticada em exames laboratoriais.
No homem, a doença, quando diagnosticada a tempo, na maioria das vezes, é rapidamente controlada. O perigo é a evolução da doença ao estágio de leishmaniose visceral. Nesses casos, os parasitas atingem especialmente o baço, o fígado e a medula óssea, nos quais proliferam os macrófagos. Os indivíduos que apresentam sintomas demonstram febre, tremores virulentos, diarreia, suores, mal-estar, cansaço, anemia, leucopenia, úlceras na pele e campos escuros na epiderme. Se a doença for diagnosticada rapidamente e tratada a tempo, há grandes probabilidades de cura. Caso contrário, pode causar a morte em um período muito curto.
Os cães não devem ficar soltos pelas ruas, especialmente no final da tarde, e deve-se evitar que eles permaneçam em locais onde o lixo é depositado e em terrenos sujos e abandonados.

 




Número de casos de leishmaniose permanece estável



Apesar do número de casos de leishmaniose ter permanecido estável nos últimos dois anos, continuam as ações educativas e preventivas contra a doença, para que ela não avance e não se transforme em surto ou até epidemia, ressaltou a diretora de Vigilância em Saúde, Neide Yuki.



“Nas mesmas ações e mutirões contra a dengue, orientamos os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Controle de Endemias a dar também atenção especial à leishmaniose”, informou.



Em 2010, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 17 casos confirmados de leishmaniose. Infelizmente, desse total, resultaram dois óbitos.



Neste ano, conforme dados divulgados até 9 de dezembro, o número de casos de leishmaniose havia chegado a 10 confirmados e duas pessoas haviam morrido.



O estado clínico do paciente de leishmaniose, na maioria dos casos, se agrava, em crianças e pessoas idosas.





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